terça-feira, 14 de fevereiro de 2012

Medicina, Astrologia, Alquimia, Perenialismo e Tradicionalismo......

Ao meu ver uma das maiores dificuldades do homem contemporâneo são as extensões artificiais do conhecimento. Desde pequenos vamos as nossas escolas aprendermos coisas "da mais alta importância" sem que recebamos a devida instrução sobre como aquele conhecimento se insere em nossas vidas. Entramos num processo onde somos constantes testemunhas passivas de uma forma de conhecimento, o que os torna, ainda que empiricamente ou demonstradamente verdadeiros, artificiais, uma vez que não participamos da demonstração.

Pode ser estranho que alguém que seja médico ou quase isso, se interesse por astrologia, alquimia e tradicionalismo; mas o fato é que a perspectiva por trás destas artes ou ciências é profundamente intimista. Para entender qualquer uma delas com a devida vênia, é preciso que o homem contemporâneo faça o gigantesco esforço de se por frente a frente com a experiência. Não mais numa relação de ele e eu como nas ciências contemporâneas, mas numa relação de tu e eu.

Só se apreende a idéia do passo dos planetas e dos símbolos alquímicos, quando conseguimos realocarmo-nos em nossa consciência para uma relação frontal com os símbolos utilizados nestas "ciências" tendo o cuidado de entender que seu significado nasce da apreenssão de um significado simbólico e abstrato de uma experiência direta da realidade.

Essa é diferença crucial entre o homem tradicional em sua relação "tu e eu" com o homem contemporâneo nas suas relações "ele e eu". É também, ao meu ver, a diferença entre uma medicina humanista e uma medicina desumanizada.

Não sei se um dia vou compreender o sentido moral da marcha do universo, ou se vou produzir ouro... mas com certeza creio que vou entender melhor o valor e significado das coisas.

Nenhum comentário:

Postar um comentário